1.IDENTIFICAÇÃO

 

Nome do Projeto: Ponto de Memória – Museu Vivo do Barro

 

Responsável pela Instituição Proponente

 

Nome: José Roberto Bezerra Mariano

Endereço: Rua Padre Antonino 396 casa 10, Piedade, Fortaleza, Ceará

Telefone: 85.9999.4552

E-mail: artedeviverempaz@bol.com.br

 

Responsável pelo Projeto

 

Nome: José Pereira da Silva

Endereço: Povoado Moita Redonda s/n

Telefone: 85.8600.6320

E-mail: artedeviverempaz@bol.com.br

 

2.INTRODUÇÃO - PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL

 

A partir dos anos 70, o conceito de Patrimônio Cultural passou a incluir - além de obras arquitetônicas e artísticas de valor excepcional - formas de expressão, modos de fazer e viver, criações artísticas e tecnológicas portadoras de referência á identidade, ação e memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Este conceito passou a fazer parte da Constituição Brasileira de 1988, a qual estabeleceu para o poder público a obrigação de buscar novas “formas de acautelamento e proteção” desse segmento do Patrimônio Cultural Material e Imaterial. É neste contexto - na intenção de proteger e preservar e transmitir e guardar as manifestações culturais de caráter popular e ancestral - que se coloca a proposta do Instituto Beija Flor da Cultura Arte Educação Ambiental e Cidadania, hoje, Ponto de Cultura Lampião da Arte e da Cultura e Ponto de Memória – Museu Vivo do Barro, Pontos criados pelo Ministério da Cultura com foco na cultura das mestras e mestres artesãos do barro de Moita Redonda. O Instituto Beija Flor propõe incrementar o Sistema de Artesanato Ancestral do Município de Cascavel, Ceará, apoiando e promovendo o desenvolvimento cultural, humano, econômico e ambiental sustentável, isto através de alternativas promocionais e empreendedoras que elevem o padrão e a qualidade de vida dos cidadãos, artesãos, artesãs e mestres da cultura local. O Instituto propõem educar a comunidade com valores humanos, plantando sementes de uma Cultura de Paz e de um desenvolvimento sadio, amplo e sustentável, respeitando as leis e a Natureza através do aproveitamento racional de seus recursos naturais e renováveis.

 

QUEM SOMOS NÓS

 

Em 1980 movidos pela necessidade de viverem em Comunidade Alternativa, os fundadores do Instituto Beija Flor foram morar no pé da Montanha Mataquirí, no Município de Cascavel. A Montanha Mataquirí com seus 180 metros de altura é um sítio notável que serve de referência aos Capongueiros (jangadeiros da Região da Praia da Caponga), para alcançarem a costa do Município. É neste cenário que se desenvolve há pelo menos 310 anos, a cultura do Sistema de Artesanato do Município de Cascavel-Ceará. Naqueles anos idos, encontraram-se com a Força das Artesãs e das suas famílias que sobreviviam das antigas culturas: a arte do barro (as loiceiras do barro); renda tradicional da praia; o artesanato da palha da carnaúba; a arte do Cipó de fogo. Até hoje, as que restam ainda sobrevivem em situação de pobreza, falta de apoio e reconhecimento do seu valor, apesar de seu arranjo produtivo ser até hoje fundamental e de grande importância para economia e para a sobrevivência do povo desta região. Nesse contexto vislumbramos desenvolver, um dia, um trabalho que valorize essa cultura e a arte destas mulheres guerreiras da Mataquirí. A partir da vivência desta realidade, ficamos com a memória presa nesta proposta e cheios de esperança de trazer uma melhora da qualidade de vida e apoio para estas Artesãs.

O Instituto Beija Flor foi fundado com vários objetivos. Um dos principais é a valorização deste trabalho artesanal, esquecido e desvalorizado pela governança local, estadual e federal. Com a valorização da diversidade cultural do nosso povo pelo Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vislumbramos uma luz no fim do túnel. Em 2004, o Ministério da Cultura abre edital no Programa Cultura Viva da antiga Secretaria de Programas e Projetos Culturais valorizando os Pontos de Cultura, dentro de uma visão antropológica – o do-in antropológico do ex-Ministro da Cultura Gilberto Gil - sabendo que os Pontos de Cultura já existiam; o que precisavam e ainda precisam é de uma energizada, uma força do governo federal. Assim, conseguimos realizar o Convênio entre o MinC e o Instituto Beija Flor com o Projeto Lampião da Arte e da Cultura. As atividades desta iniciativa são desenvolvidas na Escola Pública através da transmissão dos saberes e práticas acumuladas há mais de 310 anos no Sistema do Artesanato de Cascavel, Ceará, pelas próprias artesãs das Comunidades locais, com foco na arte do Barro da Moita Redonda. A metodologia se desenvolve numa grade de aulas, onde passo a passo é revelado todo o conhecimento desta Arte Ancestral. Além das aulas no Ponto de Cultura e na Escola Pública, os alunos participam das aulas vivas na comunidade, nos ateliês (quintais) das Artesãs transformados em verdadeiras Escolas Vivas. A iniciativa já envolveu 30 mestras artesãs do barro e mais de 100 jovens e sempre que se desenvolve é acompanhado por educadores de apoio aos mestres e mestras. O projeto se manteve através do convênio entre o MinC e o Instituto Beija Flor. O principal critério e procedimento adotados para uma pessoa participar das atividades do projeto Lampião da Arte e da Cultura é a vontade de querer melhorar a vida, os seus conhecimentos e desenvolver uma Arte Ancestral que gera trabalho e renda de imediato. Quanto aos jovens e crianças, precisam estar matriculados e freqüentando a escola formal. A iniciativa é desenvolvida como uma ação educativa complementar ao currículo formal da Escola Pública. É neste contexto, visando proteger, divulgar, preservar, guardar e buscar a sustentabilidade ampla dessas manifestações culturais de caráter popular, que se coloca o projeto do Instituto Beija Flor da Cultura Arte Educação Ambiental e Cidadania. Propõe agregar ao produto artesanato o seu conteúdo ancestral, promovendo a difusão e a guarda dessa cultura, com vias à geração de emprego, renda e desenvolvimento cultural, social e econômico, melhorando a qualidade de vida das famílias da comunidade.

 

O MUNICÍPIO DE CASCAVEL, CEARÁ

 

O tradicional Município de Cascavel no Estado do Ceará, com cerca de 70.000 habitantes - por encontrar-se no eixo Leste do litoral cearense, no Caminho de Beberibe, Morro Branco, Aracati e Canoa Quebrada - é um dos Municípios que possui grande de fluxo de turistas, tanto do Brasil, quanto de estrangeiros. Este grande potencial está, até hoje, sendo explorado de forma insuficiente e inadequada, sem uma organização sustentável para as comunidades ancestrais e sem apoio algum da política pública mais firme de todos os governos: municipal, estadual e federal. A cidade de Cascavel possui vários atrativos turísticos, incluindo o Sistema de Artesanato Local. Este está presente em toda sua Costa litorânea e no interior, bem como em vários distritos do Município. Essas antigas comunidades sobrevivem, basicamente, da forma ancestral de produção das suas artes, as quais são exploradas por redes de atravessadores estrangeiros e empresários da capital, os quais, aproveitando-se da vulnerabilidade econômica dos mestres e das mestras/artesãs, exploram a sua mão-de-obra em sistemas produtivos que descaracterizam o seu saber tradicional e a forma ancestral de fazer peças de artesanato - em particular a arte da cerâmica, na região mediana de Moita Redonda do Município de Cascavel, entre a região da palha de Carnaúba (que fica no interior, na beira do Rio Choro) e a região da mulher rendeira que fica mais ao mar. Essa descaracterização e falta de apoio por parte de políticas públicas que suporte a sustentabilidade ampla ao Sistema do Artesanato Ancestral Local, está levando essas culturas ao esquecimento e conseqüente extinção.

A antiga Feira de São Bento, que acontece todos os sábados em Cascavel, Ceará, é a maior feira da Região Leste do Estado do Ceará e por si só, ainda hoje, é um dos grandes atrativos turísticos, envolvendo cerca de oito (8) municípios que todos os sábados, ali se encontram para expor e vender os produtos da região que vão desde o artesanato com o barro, passando pelo Cipó de Fogo, a renda da praia, a produção agrícola, a pesca artesanal, até à agricultura familiar e muito mais. Ainda hoje, o visitante atento poderá com sorte encontrar os repentistas e cantadores tradicionais da Região que costumavam tirar o repente com o turista, daquela forma repassando os saberes tradicionais, valorizando e informando o visitante sobre a cultura local e os atrativos turísticos naturais, históricos e culturais da sua terra.

Das Praias de Cascavel, ressaltamos um exemplo vivo de patrimônio cultural: a comunidade Quilombola de Balbinos, antiga Aldeia indígena que sofreu no século XVIII uma forte miscigenação entre os índios e negros que ali se refugiaram fugidos das fazendas. Até hoje pode se identificar os elementos de seus traços étnicos, físicos e culturais dos habitantes do lugar. A comunidade sempre viveu em harmonia com o meio ambiente (mangue, praias, lagoas, rio, dunas, terras e o mar) de onde sempre tirou sua sobrevivência. A partir da violenta especulação imobiliária iniciada nos anos 80, que tanto agrediu os moradores - queimando suas casas, destruindo os seus recursos naturais, etc. - a Comunidade dos Balbinos transformou-se num símbolo de resistência aos empresários exploradores inescrupulosos que chegaram com o apoio do poder público, invadindo a sua terra. Mesmo após a vitória legal conquistada e transformada na APA dos Balbinos em 1997, atualmente podem ser vistas casas de invasores: mansões de veraneio de poderosos empresários que construíram a seu bel prazer, descaracterizando completamente a paisagem, trazendo uma influência indesejável aquela comunidade, que pode afirmar-se como uma das únicas no Brasil. Balbinos tem uma área de Proteção Ambiental, com 245 hectares de extensão, aproximadamente com 200 famílias e muitas belezas naturais e culturais. Possui o título definitivo de suas terras, entregue em maio de 1997, pelo então Governador do Estado.

Estes são só alguns exemplos da diversidade de riquezas culturais e tradicionais do Município de Cascavel, Ceará, que o Instituto Beija Flor pretende preservar e fazer crescer.

 

3.CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS METAS/FASE - O EDITAL DOS PONTOS DE MEMÓRIA E O PLANO DE TRABALHO DO PROJETO MUSEU VIVO DO BARRO

 

Este antigo projeto do Instituto Beija Flor - alcunhado pelo próprio dirigente atual como Museu Vivo do Barro – teve, este ano, a oportunidade de receber a classificação de Ponto de Memória do Instituto Brasileiro de Museus - num momento importante para a nossa instituição. O Instituto Beija Flor vem, a duras penas, trabalhando há mais de uma década por uma política pública de estado que empodere os principais atores do cenário social e cultural das comunidades que desenvolvem uma economia criativa ancestral, buscando dar a voz aos Mestres e mestras artesãos. Estes mestres e mestras são demasiadas vezes enganados por oportunistas aventureiros que vem de longe com o intuito de ganharem muito dinheiro e enriquecerem de formas inescrupulosas, explorando pessoas que, como estes mestres e mestras, são credoras do Direito e da Justiça social, merecendo verdadeiramente protagonizarem a sua própria história, gerenciar os seus próprios projetos e os seus recursos, melhorando a condição das suas tão sofridas vidas.

 

Em função do cumprimento do Edital Ponto de Memória – Projeto Museu Vivo do Barro ganho pelo Instituto Beija Flor da Cultura Arte Educação Ambiental e Cidadania, em Moita Redonda – Cascavel, Ceará, que reza o seguinte:

 

Item 10. DAS OBRIGAÇÕES:

 

10.1 As instituições e pessoas premiadas deverão enviar ao Instituto Brasileiro de Museus, endereço citado no subitem 9.2, no prazo de 8 (oito) meses, a partir da data do recebimento do premio:

10.1.1 Relatório Analítico e Descritivo do Plano de Trabalho executado, apresentando as ações do Ponto de Memória e os resultados alcançados. Deverão ser anexados ao presente relatório imagens e ou fotos datadas, materiais de divulgação, dentre outros que comprovem os resultados das ações relatadas; e

10.1.2. Relatório de comprovação de gastos, em conformidade com o plano de trabalho apresentado no ato da inscrição.

 

Ao recebermos o prêmio iniciamos o trabalho cumprindo as seguintes alíneas do mesmo item:

 

10.3. Os contemplados deverão realizar as ações e/ou atividades constantes do Plano de Trabalho na forma em que foi apresentado, salvo alterações com anuência do Instituto Brasileiro de Museus.

10.6 A instituição premiada, durante o desenvolvimento e ao término do Plano de Trabalho a que se refere este Edital, fica obrigada a afixar em local visível da iniciativa, placa com os seguintes dizeres: Apoio do Instituto Brasileiro de Museus.

Seguindo o Edital e o Plano de Trabalho:

 

1.Anunciação e iniciação do projeto com a Comunidade onde o Projeto é desenvolvido, descrevendo o funcionamento do Ponto de Memória - Museu Vivo do Barro, deixando a comunidade ciente do trabalho a ser desenvolvido e a sua importância - o que foi realizado plenamente no dia 21 de junho de 2012, no qual, se encontraram os mestres e mestras do barro e demais artesãs, representantes do poder público e diretores do Instituto Beija Flor. A ação foi realizada no espaço físico onde é a Sede do Ponto de Memória e do Museu: um atelier quintal de uma família de artesãos tradicionais da cultura do barro onde foi efetuada a 2.Locação de Espaço. Na ocasião foi explanado a todas as pessoas presentes onde e como funcionará o Ponto de Memória, o Museu e a sua sede. Foi explicado que os visitantes poderão vivenciar a cultura viva do barro como ela acontece desde sempre, convivendo com os fazeres e saberes dessa cultura in loco. Ao mesmo tempo poderão contemplar a 3.Coleta do acervo ancestral dos antigos utensílios do barro, o qual será produzido por estas mestras e mestres artesãos mais idosos, dando-lhes oportunidade de comporem o corpo curador e a coordenação do Museu Vivo do Barro, ou seja, como foi referido anteriormente, protagonizarem a sua própria história, gerenciando os seus próprios projetos e sendo os guardiões do seu próprio patrimônio material e imaterial.

Todas as peças do acervo serão confeccionadas por estes, mestras e mestres do barro que trazem em sua Memória as antigas peças e utensílios de uso comum da cultura local. Já o local de exposição do acervo - uma casa de barro que será a sede do museu - traz por si própria a memória do primeiro sistema construtivo das moradias dos caboclos do ceará e dessa região, a Táipa (paredes de barro sustentado por varas de madeira). Desse modo oportunizará o turista visitante a vivenciar uma viagem no tempo, onde poderá viver experiências na Casa de barro e Táipa como:

 

- conhecer o estilo antigo da vida simples dos moradores e suas moradias populares de Taipa;

- beber água fresca do pote em canecas de barro;

- degustar o chá e o café preparados nos antigos utensílios de barro feitos no fogão de lenha da Casa de Taipa, sede do Museu Vivo do Barro;

- conhecer as argilas e o seu preparo tradicional

- pisar no barro e o amassando com os pés para o feitio das peças;

- vivenciar a modelagem das peças com a presença e orientação das mestras e mestres;

- presenciar a queima das peças pelo sistema ancestral com a presença do mestre do enfornamento e da queima das peças de barro manufaturadas tradicionalmente;

- comprar peças de barro ancestral direto do artista artesão a partir da escolha das peças expostas no museu;

- vivenciar a vida simples da comunidade visitando os ateliês (devidamente indicados nos mapas, folders e no Caminho do Barro do Ponto de Memória – Museu Vivo do Barro com placas de orientação), guiados por jovens da comunidade devidamente preparados para tal, o que resultará em mais geração de emprego e renda.

 

4.Seleção de Monitores – Foi divulgado na comunidade a necessidade de haver um monitor no Museu Vivo do Barro. A própria comunidade indicou duas pessoas. A partir de então aguardamos os currículos dos interessados. Porém, não tendo havido qualquer manifestação de interesse, quer por parte das pessoas indicadas pela comunidade, quer por qualquer outra pessoa, tivemos que contratar uma monitora mestra do barro com 2º grau completo, com capacidade de realizar, inicialmente, o trabalho de forma contínua e constante, fechando e abrindo o museu todos os dias.

 

Para concretização total das ações acima descritas foi feito uma 5.Adequação do Espaço locado para ser a sede do Ponto de Memória – Museu Vivo do Barro.

 

Continuando o seguimento do Plano de Trabalho do Projeto do Museu Vivo do Barro e constante no Edital dos Pontos de Memória, das Disposições Gerais, item 11, temos;

 

11.7. É obrigatória a inserção das logomarcas do Governo Federal, Ministério da Cultura e do Instituto Brasileiro de Museus nas peças promocionais, conforme respectivos manuais de uso da marca, bem como a menção do apoio recebido em outros meios de comunicação disponíveis ao beneficiado.

O que foi cumprido fielmente.

11.8. Os leiautes de todas as peças de divulgação a serem veiculadas por qualquer meio, inclusive na internet, deverão obrigatoriamente ser submetidos a aprovação do Instituto Brasileiro de Museus, que se reserva o prazo de 5 (cinco) dias úteis para avaliação das mesmas. Nenhum material de divulgação pode ser veiculado sem a aprovação do Instituto Brasileiro de Museus.

11.9. Os layouts deverão ser encaminhados em formato JPEG para o e-mail fomento@museus.gov.br com o assunto: Aprovação de Layouts - número do processo. Inserir no corpo do e-mail: nome do Edital, número do processo, nome da entidade proponente e nome do projeto.

O que foi cumprido de acordo com Item 11.9.

 

11.10. As peças promocionais deverão ter caráter educativo, informativo e de orientação social e não poderão trazer nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal.

O que foi cumprido de acordo com Item 11.10.

 

Neste sentido iniciamos com um 6.Designer Gráfico um estudo das peças promocionais da identidade e comunicação visuais do Museu vivo do Barro, incluindo ao leiaute das 7.Placas seguindo os seguintes passos:

 

- Percurso da Rota Turística do Museu Vivo do Barro da Moita Redonda, Cascavel, Ceará

- Levantamento fotográfico da localização dos diversos items:

- Totens

- Placas do Museu Vivo do Barro (MVB)

- Placas dos 45 Ateliers do Barro

- Levantamento fotográfico e estudo da identidade visual tradicional da cultura do barro da Moita Redonda

- Participação da sessão de apresentação do projeto Ponto de Memória - MVB aos mestres e mestras do barro

- Criação da Logomarca MVB

- Criação da Logotipo MVB

- Criação da Logotipo MVB + Ponto de Memória

- Criação da Logomarca do Instituto Beija Flor + MVB

- Criação da Identidade administrativa do MVB

                               - folha timbrada

                               - envelope pequeno

                               - envelope grande

- Criação da Selo MVB

- Criação da Maquete da Placa do Portal da Moita Redonda

- Criação da Maquete da Placa da Sede do MVB

- Criação da Maquete da Seta de Orientação

- Criação da Maquete da Seta de Indicação de atelier do Barro

- Capa do projeto MVB

- Criação do mapa para as placas

- Criação da Mapa da Rota do Museu Vivo do Barro da Moita Redonda

- Criação da Folder

- Criação da Banner do MVB

- Criação da Banner – Apoio do Instituto Brasileiro de Museus

- Pesquisas e visitas aos locais onde poderão ser colocadas as Placas de Orientação do Ponto de Memória - Museu  Vivo do Barro

- Desenvolvimento dos leiautes das placas de orientação, banners, folders e mapa local dos mestres e mestras

 

A maior dificuldade para comercialização das peças de barro manufaturadas pelas artesãs e artesãos da comunidade da Moita Redonda é a identificação da localização dos ateliers para quem visita a comunidade: sem sinalização e ou qualquer tipo de promoção, estes ateliers necessitam de placas indicativas no Caminho do Barro, de modo a facilitar o acesso aos visitantes, turistas e possíveis compradores. Portanto as placas, mapa e folders terão um papel fundamental na redescoberta desta Economia Criativa do Caminho do Barro, ao indicar e divulgar este trabalho comunitário ancestral. Tais espaços de economia criativa formam, por si só, uma rota turística que vem incluir, definitivamente, o Caminho do Barro de Moita Redonda e o Museu Vivo do Barro na Rota Leste do Calendário Turístico do Estado do Ceará, promovendo um desenvolvimento sustentável do barro e outros arranjos produtivos que trarão emprego e renda melhorando a vida dos moradores da comunidade de Moita Redonda. Pequenos empreendimentos locais também beneficiarão com a criação desta rota turística.

 

8.Assessor de Imprensa – Foi contratado o assessor de imprensa, o qual fez a devida divulgação nos meios de comunicação social de acordo com a agenda por ela elaborada (ver documento em anexo).

 

INAUGURAÇÃO

 

Após um período de 5 meses de espera pela decisão do IBRAM, diante a mudança do coordenador e da curadora do Museu Vivo do Barro pelas Mestras e Mestres, o Instituto Brasileiro de Museus nos permitiu inaugurar o Museu Vivo do Barro com as Mestras e Mestres protagonizando no seu território, sua arte ancestral, Curadoras  que resolveram protagonizar esse processo de Museologia Social em Moita Redonda assumindo a Curadoria e a Coordenação do Ponto de Memória – Museu Vivo do Barro. No dia 19 de Dezembro de 2012, às 10:00 da manhã, deu-se inicio às atividades de inauguração do Ponto de Memória Museu Vivo do Barro da Moita Redonda, com a presença do mestre e da mestra mais idosos da comunidade, vários mestres e mestras do barro, a agente de saúde local, o coordenador do projeto e visitantes. Foram dirigidas por aqueles, algumas palavras de abertura. Com a presença de várias pessoas da comunidade, às 11:00 da manhã, foi descerrada a placa sede do museu. De seguida, realizou-se a primeira visita oficial ao museu por um grupo de jovens alunos da escola Ensino Fundamental da Moita Redonda, os quais assinaram e inauguraram o Livro de Visitas do Museu Vivo do Barro. As visitas continuaram a ser feitas por outras pessoas também presentes. Foi servido um lanche após a visitação e o encerramento aconteceu ao meio-dia.

 

4.METAS/PRODUTOS/RESULTADOS ALCANÇADOS ATÉ AO PRESENTE

 

META

 

O maior legado dessa iniciativa é a conscientização e o protagonismo dos artesãos e Artesãs que começaram a enxergar que precisam cuidar do que é seu, seu Patrimônio Material e Imaterial. Está acontecendo, a partir do Ponto de Memória - Museu Vivo do Barro, um despertar dentro da comunidade da Moita Redonda para a revalorização da sua arte ancestral do barro a partir dos Próprios atores desse acervo vivo. Estamos assistindo ao início da união comunitária num objetivo comum, que abrange as áreas pessoais, familiares e comunitárias.

 

Nossa maior Meta esse ano que vem(2013) é desenvolver o Plano Museulógico Local que está começando a ser desenvolvido, pra isso estamos pedindo auxílio a Rede da Museologia Social do Ceará e ao próprio Instituto Brasileiro de Museus, “ já que somos marinheiros de primeira viagem”.  Com isso queremos trazer ações de sustentabilidade ampla com protagonismo e gerencia da própria comunidade.

 

Quanto ao cumprimento da Meta de abertura do Ponto de Memória – Museu Vivo do Barro, foi plenamente alcançada, com a abertura de livro de visitantes pela Monitora e pelos alunos da rede pública de ensino e em seguida houve o descerramento da Placa/Mapa do Museu Vivo do Barro e Sede do Ponto de Memória, contando com expressivo número de populares e autoridades da Comunidade de Moita Redonda, Cascavel e Fortaleza.

 

Em janeiro dando continuidade e como Meta inicial ao Plano anual de 2013 o Museu Vivo do Barro inaugurará a Rota do Caminho do Barro.

 

PRODUTOS

 

1- Sede do Ponto de Memória  do Museu Vivo do Barro: um atelier quintal de uma família de artesãos tradicionais da cultura do barro onde funciona o Ponto de Memória -  Museu Vivo do Barro e a sua sede. O museu é um lugar onde os  visitantes poderão vivenciar a cultura viva do barro como ela acontece desde sempre, convivendo com os fazeres e saberes dessa cultura in loco. Ao mesmo tempo poderão contemplar o acervo ancestral dos antigos utensílios do barro, o qual foi produzido por estas mestras e mestres artesãos mais idosos, dando-lhes oportunidade de comporem o corpo curador e a coordenação do Museu Vivo do Barro, ou seja, como foi referido anteriormente, protagonizarem a sua própria história, gerenciando os seus próprios projetos e sendo os guardiões do seu próprio patrimônio material e imaterial.

 

Todas as peças do acervo foram confeccionadas por estes, mestras e mestres do barro que trazem em sua Memória as antigas peças e utensílios de uso comum da cultura local. Já o local de exposição do acervo - uma casa de Barro é a sede do museu - traz por si própria a memória do primeiro sistema construtivo das moradias dos caboclos do ceará e dessa região, a Táipa (paredes de barro sustentado por varas de madeira). Desse modo oportunizará o turista visitante a vivenciar uma viagem no tempo, onde poderá viver experiências na Casa de barro e Táipa como:

 

- conhecer o estilo antigo da vida simples dos moradores e suas moradias populares de Taipa;

- beber água fresca do pote em canecas de barro;

- degustar o chá e o café preparados nos antigos utensílios de barro feitos no fogão de lenha da Casa de Taipa, sede do Museu Vivo do Barro;

- conhecer as argilas e o seu preparo tradicional

- pisar no barro e o amassando com os pés para o feitio das peças;

- vivenciar a modelagem das peças com a presença e orientação das mestras e mestres;

- presenciar a queima das peças pelo sistema ancestral com a presença do mestre do enfornamento e da queima das peças de barro manufaturadas tradicionalmente;

- comprar peças de barro ancestral direto do artista artesão a partir da escolha das peças expostas no museu;

- vivenciar a vida simples da comunidade visitando os ateliês (devidamente indicados nos mapas, folders e no Caminho do Barro do Ponto de Memória – Museu Vivo do Barro com placas de orientação), guiados por jovens da comunidade devidamente preparados para tal, o que resultará em mais geração de emprego e renda.

 

 2 - Outro produto é a Rota Turística o Caminho do Barro até a chegada no Museu Vivo do Barro que aos poucos vem trazendo visitantes curiosos de conhecer o Museu. Com isso pretendemos capacitar jovens guias turísticos na comunidade pra visitação aos 45 Ateliers que compõem inicialmente o Museu Vivo do Barro.

 

RESULTADOS ALCANÇADOS ATÉ O PRESENTE:

 

- O crescente sentido de organização e trabalho em equipe, está fazendo crescer a auto estima geral e a esperança de melhores condições de vida e de trabalho.

- Auto estima dos Artesãos e Artesãs em elevação com seus nomes elevados nas placas indicativas de seus lugares de trabalho, isso ao longo da Rota do Caminho do Museu Vivo do Barro,

- Confiança, alegria e Protagonismo da equipe do Museu Vivo do Barro, principalmente a partir do resultado da Curadoria na formatação final do acervo e organização da peças no Museu,

- Sede do Museu Vivo do Barro aberto á visitação diária, com monitoria e com Livro de Registros de Visitantes,

- Chegada de visitantes/turistas espontâneos no Museu Vivo do Barro através das Placas indicativas do Ponto de Memória Museu Vivo do Barro,

- Outros atores querendo seus nomes nas Placas dos Ateliers, possibilitando um novo diálogo/continuidade e integração total da Comunidade no Ponto de Memória  Museu Vivo do Barro,

 

Finalmente esse aspecto da integração é importante nessa avaliação porque está mostrando também que precisamos dar continuidade mesmo e nesse sentido pedimos a continuidade do apoio do IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus, Ministério da Cultura pra continuar nos auxiliando nesse Resgate e na Guarda desse importante segmento, tricentenário, da Economia da Cultura nesse rincão do Ceará, que é a Cerâmica da  Moita Redonda – Cascavel.

 

5.ANEXOS

 

Folder do caminho do Museu Vivo do Barro,

Fotos do desenvolvimento e inauguração do Ponto de Memória do Museu Vivo do Barro,

Relatório da Mídia do Assessor de Imprensa

Relatório de Comprovação de Gastos.

Moita Redonda, Cascavel-Ce, 19 de dezembro de 2012

 

José Roberto B. Mariano - Presidente do Instituto Beija Flor

ibeijaflor@gmail.com - Tel. 85.9999.4552

José Pereira da Silva - Responsável pela execução

ibeijaflor@gmail.com - Tel. 85.8600.6320